quarta-feira, 1 de abril de 2009

"Da vida feliz"

Fotografia do Tejo em Lisboa, tirada por Alvesgaspar e tirada da Wikimedia Commons.
Porque olhar para o mar é preciso, principalmente com um post deste tamanho.




"Da vida Feliz"



Este post vai ser uma espécie de consolação , e resposta mal amanhada, ao post do Camarada Griphon.

Porquê da vida feliz? Porque ,penso eu, o Manú esbarrou na questão existencial que angustia, angustiou e angustiará a maioria das pessoas numa qualquer parte da sua vida: Qual é o sentido da vida? Para quê viver?

Se virmos bem, todas as manifestações culturais e actividades do Homem, desde a arte à Ciência e à filosofia, são uma tentativa de atribuir um sentido às nossas vidas .Um sentido que alguns julgam extrínseco , ou seja, dado por um agente exterior com autoridade absoluta. Eu não.

Ao longo dos tempo , desde que o Homem aprendeu a pensar, que os filósofos se têm debatido com esta questão. De Epicuro a Séneca , de Nietzsche a Kierkegaard e Sartre, todos esboçaram filosofias e normas de condutas desenhadas para levar uma vida feliz, ou, pelo menos, o menos triste possível ( na opinião deles, que não é certamente a minha) .Alguns viveram pela arte, outros para acalmar a dor.

Pessoalmente, penso que a filosofia de vida mais atraente, pelo menos em parte, é a dos existencialistas: A existência precede a essência, a qual é escolhida pelo ser Humano.


Ou seja: Nós fazemos o sentido da vida, porque ela não tem sentido por si. Quer seja para as pessoas que amamos, pelo que gostamos, para a Arte, para a Ciência , continuamos vivos, e vivemos, por uma razão pessoal que não pode ser encontrada em algo exterior.Ou melhor, que não está cravada na rocha.


A razão pela qual vivemos é uma deliberação exclusiva da pessoa, portanto, embora seja grandemente influenciada pelo exterior. (Porque não somos sozinhos.)

No entanto, como já disse, ninguém pode conceber ou tencionar impor o seu sentido de vida a outros, tão somente convencê-los da validade das suas razões.

Mas creio que, quando uma pessoa se apercebe disso, mais vale aproveitar a vida do que cair num poço de incerteza e medo. Como disse o Ricardo Reis, poeta que , por sinal, não aprecio particularmente “Carpe Diem, porque és ele”.

Post scriptum: Ah, e nunca se esqueçam que os argumentos por autoridade não têm qualquer valor. Espírito crítico, camaradas, Espírito crítico!



PPS: E sim, para quem reparou, o título é um roubo tremendo do Séneca. O que não quer dizer que eu concorde com ele.Mas tenho de lhe agradecer, e dar-lhe o crédito que lhe é devido.



2 comentários:

  1. Acho, que todos nós queremos ser felizeS=D
    eu tento ser=) à minha maneira=)
    nem que seja a ver abelhas cor de rosa=P
    looool=D

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  2. Uma nota em relação aos camaradas, e a comer no refeitorio...
    dissem as más linguas, que a muitas coisas estranhas na comida de la..=p loool
    ma,s é todo psicologicoxD
    loool=D

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